O Livro Selado e o Significado de Seus Selos (Ap 5)

Tempo de leitura: 4 minutos

O Livro Selado e o Significado de Seus Selos (Apocalipse 5): Desvendando o Destino da Igreja

Introdução:

A seção de Apocalipse que se estende do capítulo 5 até o início do capítulo 8 nos transporta para uma cena celestial de profundo significado. Nela, o apóstolo João testemunha a centralidade de um livro selado com sete selos, um símbolo poderoso do plano divino para a história e o destino da Igreja. Este artigo explora o simbolismo deste livro, a busca por alguém digno de abri-lo e a gloriosa revelação do único capaz: o Cordeiro de Deus.

Imagem de Jeff Jacobs por Pixabay

O Drama Celestial: Quem Pode Revelar o Futuro da Igreja?

Após a visão da porta aberta no céu (Apocalipse 4), João se depara com um dilema cósmico: quem possui a autoridade para desvendar a história e o futuro da Igreja em meio às tribulações terrenas? A pergunta ecoa no céu, carregada de expectativa e apreensão.

O Livro Selado na Mão de Deus (Apocalipse 5:1-5)

João observa um livro selado firmemente seguro na mão direita de Deus. Este não era um livro como conhecemos hoje, mas sim um pergaminho enrolado, escrito tanto por dentro quanto por fora, indicando a vastidão do conteúdo a ser revelado. A presença de sete selos reforça a ideia de que esta é a história completa e perfeita, conforme os desígnios do Soberano.

A busca por alguém digno de se aproximar, tomar o livro e romper seus selos gera um momento de intensa dramaticidade. Um anjo forte proclama a pergunta, mas o silêncio ensurdecedor revela a incapacidade de qualquer ser celestial ou terrestre de realizar tal ato. A angústia de João é palpável: “e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele” (Apocalipse 5:4).

O Consolo e a Revelação: O Leão que é Cordeiro (Apocalipse 5:5-7)

Em meio ao desespero de João, um dos anciãos oferece palavras de conforto e esperança: “Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos” (Apocalipse 5:5).

Aquele que é apresentado como o Leão da tribo de Judá, símbolo de realeza e poder, e a Raiz de Davi, que aponta para sua linhagem messiânica, revela-se surpreendentemente como um Cordeiro que estava morto (Apocalipse 5:6). Esta imagem paradoxal carrega profundos significados teológicos:

Leão de Judá e Raiz de Davi: Confirmam a identidade de Jesus como o Messias prometido no Antigo Testamento, o Rei com autoridade e poder.

Cordeiro que foi morto: Remete ao sacrifício vicário de Jesus na cruz, o meio pelo qual Ele venceu o pecado e a morte, tornando-se digno de redimir a humanidade. Sua vitória não reside no poder terreno, mas na submissão e obediência até a morte (Filipenses 2:5-11).

Os sete chifres e sete olhos do Cordeiro simbolizam sua onipotência (poder pleno) e onisciência (conhecimento perfeito), respectivamente (Zacarias 4:10).

A Adoração ao Cordeiro Digno (Apocalipse 5:8-14)

Ao tomar o livro da mão de Deus, o Cordeiro Jesus é imediatamente alvo de adoração universal. Os vinte e quatro anciãos, representando a totalidade dos salvos em todos os tempos, prostram-se diante Dele com taças de ouro cheias de incenso, que simbolizam as orações dos santos. Essa imagem poderosa nos ensina que as orações dos crentes são preciosas para Deus e sobem como aroma agradável à Sua presença.

A cena culmina em um crescendo de louvor:

Os salvos cantam um novo cântico, reconhecendo a dignidade do Cordeiro por sua obra redentora (Apocalipse 5:9-10).

Multidões de anjos unem suas vozes em um coro poderoso, exaltando o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e a bênção do Cordeiro (Apocalipse 5:11-12).

Toda a criação nos céus, na terra, debaixo da terra e no mar, proclama louvor e honra àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro para todo o sempre (Apocalipse 5:13-14).

Conclusão:

A passagem de Apocalipse 5:1-8:5 nos revela a centralidade de Jesus Cristo no plano redentor de Deus. Ele é o único digno de desvendar a história e o destino da Igreja, não por poder terreno, mas por meio de seu sacrifício vitorioso. A cena celestial de adoração nos encoraja a reconhecer a preciosidade de nossas orações e a nos unirmos ao coro universal de louvor ao Cordeiro de Deus, nosso Salvador.

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